Não
devemos falar das personalidades ligadas ao rock, ou a qualquer outro segmento
social ou cultural, apenas quando elas se vão. Mas também não podemos nos
esquecer de prestar homenagens quando isso ocorre.
Recentemente perdemos o “personagem”, de tão extravagante que era, Kid Vinil: alegre, marcante e inconfundível.
Talvez ele não tenha sido uma unanimidade, mas muitos o consideravam como um verdadeiro mestre, o "professor". Controvérsias à parte, o que não nos resta dúvidas é que ele amava incondicionalmente a música: falava, cantava e vivia rock’n’roll.
Esse amor fez com que ele fosse um divulgador desse gênero musical no Brasil, isso em uma época em que não existia a internet! Eram poucas, senão raras, as publicações de rock no país.
Sempre presente no cenário musical, organizou shows de rock alternativo, punk rock e pós-punk, destacando-se anos 80.
Aficionado por todas as fases do rock, não apenas divulgou o underground internacional e nacional, mas também foi seu protagonista, ao criar a banda Verminose. Incentivador das novidades e garimpeiro de raridades, Kid regravou, com sua banda Magazine, a irreverente “Adivinhão”, de George Feedman, lançada originalmente em 1961, na época da Jovem Guarda.
Além disso, foi apresentador dos programas de televisão Som Pop e do memorável Boca Livre, que passava na TV Cultura. Tornou-se também VJ da MTV e escreveu um livro chamado “Almanaque do Rock”.
No entanto, a fama veio mesmo nos anos 1980, com a Magazine e seus hits “Tic tic nervoso” e “Sou Boy”, clássicos do rock brasileiro.
E foi no palco que Kid Vinil se despediu do mundo.
No mês de maio do corrente ano, excursionando pelo Brasil, com outros músicos dos anos 80, Kid Vinil passou mal durante uma apresentação em Minas Gerais, sendo então hospitalizado e, posteriormente, transferido para São Paulo, onde veio a falecer aos 62 anos.
Mas o palco sempre será seu, Kid Vinil, o Herói do Brasil. (Paula Vanessa)
Nenhum comentário:
Postar um comentário