“Tocava guitarra como quem toca uma campainha”
Chuck Berry, nome artístico de Charles Edward Anderson Berry, nasceu em 18 de outubro de 1926 e morreu em 18 de março de 2017, nos Estados Unidos da América. Viveu longos 90 anos e pôde ver a música que ajudou a criar, o rock’n’roll, ser tocada, celebrada, transformada e até adormecer.
O Rock foi se transformando, estampando décadas com estilos diferentes e, se hoje parece estar adormecido, é porque nunca vai compactuar com a cultura vigente (hoje altamente consumista). O rock é música de contestação.
Chuck
está entre os pioneiros deste estilo contagiante e singular. Por muitos é
considerado o “pai do rock”. Mas o que temos certeza mesmo é de que ele foi um
dos personagens mais emblemáticos do rock’n’roll. Com ele termina, enfim, o século
XX.
Estigmatizado
por sua origem e cor, teve uma carreira conturbada, cheia de rupturas e
inúmeras confusões envolvendo a justiça. Desbravador e rebelde, Chuck somou ao
rock, com o som cortante de sua guitarra e o seu “passo de pato” (duck walk), a
extravagância, atrevimento e irreverência, essências marcante do estilo.
Consolidado,
o rock conquistou milhares de súditos e pôde reinar com seus reis, princesas,
bruxas, magos, ogros e milhões de servos que, na figura de Chuck Berry, viajam
pelas galáxias não apenas da música, mas das estrelas cintilantes. “Jhonny Be
Goode”, música de sua autoria, foi escolhida para representar o rock’n’roll,
juntamente com outros gêneros musicais que viajam nas sondas espaciais Voyage 1
e 2, para, quiçá, apresentar a cultura dos terráqueos aos extraterrestres.
Infelizmente
não poderá estar presente ao lançamento de seu novo álbum, agora em 16 de junho
de 2017. Intitulado “Chuck”, este seu último trabalho tem novas canções gravadas
e produzidas pelo próprio músico e foram dedicadas à sua esposa, Themetta
Berry, com quem esteve casado desde 1949.
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