31.
Mas
a culpa não é minha
É
também do impossível
Porque,
às vezes, parece
Sempre
ser possível
32.
Traí
porque
O
desespero
Seduziu
Meu
coração
Com
meigas
Palavras
Traí
porque
A
solidão
Empurrou
Meus
sonhos
Num
abismo
Sem
fundo
Mas
ainda
Sinto
amor
Como
uma pedra
Dentro
do peito
33.
Meus
versos
Jorram
Do
meu peito
Inspiração
Brutal
Que
me toma
À
noite, à janela
Das
estrelas
Na
madrugada
Do
sono
Que
não vem
34.
Meus
versos
Versos
livres
Livres
demais
35.
Meus
versos
Prosa
dissimulada
De
poesia
36.
Meus
versos
Qual
seu valor
Para
a literatura
Nenhum
Para
mim
Incalculável
Pois
são
Um
pouco
De
mim
37.
Intuição
inspiração
Não
é poesia
Tampouco
um casal
De
namorados
Como
milhares de outros
É
poesia
Tampouco
um céu
À
noite estrelado
Como
milhares de outros
É
poesia
Tampouco
um bosque
De
árvores floridas
Como
milhares de outros
É
poesia
Tampouco
um mar
De
ondas azuis
Como
milhares de outros
É
poesia
Tampouco
isso
E
todo que existe
Como
milhares de outros
É
poesia
É,
todavia, poesia viva
Metamorfose
de palavras
38.
Há
poetas por profissão
Há
poeta por pretensão
E
há poetas
E
há aqueles que escrevem coisas de si
Para
si
Eu
39.
Piegas
Sou
piegas
Romântico
Excessivamente
Mas
medíocre
Não
consegui ser
Pois
a vida sempre
Me
afastou do meio
Porém,
não ser medíocre é fácil
Pois
medíocre é sempre o outro
40.
Quando
me decidi
Por
escrever
Meus
sentimentos
Em
pensamentos
Em
noites de insônia
Movido
pela esperança
Em
descobrir
Minha
salvação
Em
vestígios de lembrança
Entrei
num labirinto escuro
Tateando
paredes, o chão
Andando,
a esmo
Numa
espiral sem fim
Desespero
Foi
só o que encontrei
A
inconsciência me arrastou
Num
mar tempestuoso
Fora
de mim
Fora
de tudo
Fora do mundo
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