111.
Quanto
mais amei em versos
Menos
amei em vida
Quanto
maior o amor em vida
Menos
escrevi versos
112.
Perdi
minha namorada
Em
compensação
Achei
um guarda-chuva
113.
Jean,
você está ainda acordado
E
ainda não parou de sonhar
Jean,
pare de sonhar enquanto é tempo
A
vida está passando
Quando
acordar, será tarde
114.
É
difícil admitir
Do
alto dos meus trinta anos
Mas
nunca amei ninguém
115.
O
que aconteceu
Por
onde estive
Todo
esse tempo
116.
Que
memória tem o coração
Da
mesma maneira que conhece
Tão
logo, por nada, esquece
117.
Por
ser eu a cobaia
Das
experiências da minha vida
Constato,
empiricamente
Que
os mosquitos são
Os
maiores companheiros
Das
noites de insônia
118.
Queria
poder sufocar
Dominar
meus sentimentos
Há
quem é racional
Frio
e insensível
Mas
eu
Sou
só sentimento
Bati
o pé, e disse resolvido
Não
vou mais me apaixonar
Pois
não queria sofrer de novo
Não
vou mais me apaixonar
Dizia
imperativamente
Gato
escaldado...
Não
vou me apaixonar
Todavia
Já
se manifestam
Os
sintomas do amor
Espinhas,
ansiedade
Incerteza,
insônia
Eu
me apaixonei
E
lá vou eu
Arrastado
por essa correnteza
Incontrolável
E
eu, que piada
Batia
no peito e sentenciava
Não
vou me apaixonar
119.
Meus
vinte anos
Uma
década, um nada
Eu
ainda os sinto
Cada
dia, cada hora
Como
se fosse agora
120.
Como
meus amigos
Me
descreveriam
Daqui
dez anos
Pueril, apaixonado
Nenhum comentário:
Postar um comentário