segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Roger Waters e as eleições no Brasil

Em sua turnê pelo Brasil, o ex-integrante do Pink Floyd Roger Waters causou polêmica no estádio do Palmeiras Allianz Parque ao chamar de neofascista o candidato à presidência Jair Bolsonaro, primeiro colocado no 1º. turno das eleições.

Um telão atrás do palco exibiu a frase em inglês Resist Neo-Fascism (“Resista ao neofascismo”), subscrita por uma lista de nomes de políticos suspeitos de envolvimento com práticas fascistas, dentre estes, o de Bolsonaro.



A multidão de mais de 40.000 fãs ficou dividida, enquanto alguns aplaudiam, outros vaiavam.

Logo em seguida, o telão mostrou as palavras de ordem “#Ele não”, lançada pelo movimento de mulheres contra Bolsonaro uma semana antes das eleições.

Ao que parece, Waters atendeu aos fãs que passaram meses em suas redes sociais pedindo que o ex-Pink Floyd incluísse em sua lista o nome de Bolsonaro.

A lista também inclui o presidente Donald Trump, o ex-líder ucraniano Nigel Farage e o primeiro-ministro húngaro Viktor Orban, entre outros. Bolsonaro é o único latino-americano da lista.

Depois da grande repercussão do show, vários eleitores de Bolsonaro colocaram à venda ingressos das próximas apresentações programadas pela turnê de Waters, enquanto comentários, prós e contras, inundaram a página do cantor no Facebook.

“Roger Waters, apenas cante sua música. Não meta o nariz onde você não é chamado", dizia um comentário. "Quando estiver em um outro país, não fale em política, você não sabe nada o que acontece no Brasil."

Outro respondeu: “Roger, que importa perder um fã que nunca prestou atenção em suas letras e seus valores? Bolsonaro é contra tudo aquilo que você e o Pink Floyd sempre acreditaram. É hora de lutar contra a xenofobia, o racismo, o sexismo, a homofobia e o autoritarismo. Valeu!”


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