sábado, 1 de outubro de 2022

Ode ao sabonete de pobre

Por Jean Pires de A. G.

 

Pedra sabão

Sábado sim

Sábado não

Balde de água

No coco

Banho de gato

No couro

Sábado clean

Sapo na mão

Sabão-de-macaco

Mico-leão

Árvore-sabão

Pato babão

Sabão-de-soldado

Bicho Papão

Fruta-sabão

Chulé de alemão

Sabão

Sabãozinho

Sabão

Saboeiro

Saboneteiro

Bananeira

Corneteiro

Saboneteira

Acabou o sabonete de luxo

O troco é pra encher o bucho

Dedico esta ode

Ao sabonete de pobre

Inodoro

Pedra sabão

Insolúvel

É solução!

Se Leon Tolstoi escrevesse no século XXI, apenas tirando o I do meio do século XIX e o empurrando para o lado direito dos dois Xs, o grande escritor russo perceberia que as economias prósperas do mundo são sempre iguais na fartura. Mas quando uma crise econômica aperta, cada país vive as suas mazelas à sua maneira. Ou seja, quem pode, pode; quem não pode se sacode.

As perspectivas de crescimento da China não são boas; segundo o FED, os EUA correm o risco de transformar o boom americano em um colapso; as famílias da Europa estão enfrentando uma crise no custo de vida; e a situação nunca foi boa mesmo nos países emergentes, como o Brasil, onde a fome voltou a assolar os mais pobres.

Mas definir uma recessão em uma escala global não é tarefa fácil. Os economistas preferem caracterizar uma recessão mundial como um período em que o cidadão médio experimenta uma queda significativa em sua renda real.

Seja como for, com a inflação em alta, os preços nas alturas, desemprego e pouco dinheiro no bolso, o jeito é usar o humor e usar a criatividade para superar a crise.

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