quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Quincas Borba: Schopenhauer Tropical

Considerações sobre o Humanitismo e Schopenhauer


J. Pires de A. Gonçalves

Pode se dizer que a obra de Machado de Assis é marcada por um grande pessimismo em relação à humanidade. Machado traz à luz as pequenas violências do cotidiano que não são passíveis de punição social, senão, no máximo, de reprovação moral. Porém, ainda que reprováveis, no fim das contas, o que vale são os fins, não importando os meios empregados para alcançá-los, e aquilo que era vilania torna-se objeto de mérito. Os fins acabam por purgar as atitudes mais traiçoeiras, desleais, desonestas, dos personagens mais abjetos, movidos apenas por interesses mesquinhos, que acabam por granjear a estima social pelo êxito conquistado, assim como é o caso do casal Sofia e Cristiano Palha, no romance “Quincas Borba”. Através de uma narrativa por vezes cruel, Machado de Assis desenvolve uma trama em que heroísmo e nobreza de caráter pouco valem, mas somente aquilo que é imprescindível para obter o sucesso desejado, e que pode ser resumido na filosofia do Humanitismo. Eis o fundamental: o “filósofo” Quincas Borba imagina uma situação em que duas tribos famintas entram em guerra por uma plantação de batatas, insuficiente para alimentar as duas tribos, que precisam estar bem nutridas, para transpor a montanha e chegar a um campo onde há batatas em abundância. Quem vence a guerra fica com as batatas e sobrevive, já que a paz significa a extinção das duas tribos. No fim vigora o princípio do Humanitas, ao qual não se reduz à máxima do mais forte vence e extermina o mais fraco, e, sim, do triunfo e da conservação da vida. Daí o júbilo da vitória, hinos, aclamações e recompensas públicas, de que fala Quincas Borba. “Ao vencedor, as batatas”, grita Rubião, em um misto de loucura e desespero, depois de perder tudo. Aos vencidos, resta-lhes ódio ou compaixão. Ainda que do ponto de vista ético isto possa parecer chocante, a realidade prova todos os dias a validade do princípio Humanitas. Sem dúvida, tal visão pessimista faria de Quincas Borba um Arthur Schopenhauer dos trópicos. Porém, esta afirmação enseja muitos problemas e merece algumas considerações críticas. Neste sentido, sabendo-se que Machado de Assis era leitor de Schopenhauer, indaga-se qual é o sentido da filosofia schopenhaueriana em Machado de Assis, notadamente o Humanitismo, e qual é a sua real extensão na obra machadiana.

Schopenhauer fora do lugar

Roberto Schwarz em seu livro “Ao vencedor as batatas” sustenta que, ao mesmo tempo em que o Brasil recebia uma forte influência no plano das ideias sob os avanços do capitalismo industrial e de sua superestrutura liberal e iluminista, a sociedade brasileira estava moldada pelo modo de produção escravista e pelo latifúndio agroexportador. Na verdade, os ideais da livre concorrência e dos princípios burgueses de igualdade e liberdade jurídica brotavam justa e contraditoriamente desta realidade social e econômica escravocrata. Assim sendo, foram curiosamente os princípios das revoluções norte-americana e francesa que deram os subsídios dos matizes ideológicos da Independência do Brasil, na qual, socialmente, em nada alterou sua estrutura colonial. De certa forma, Schwarz explica uma certa inevitabilidade deste aparente dualismo, pois o latifúndio era fornecedor de matéria-prima, no caso o café, ao mercado externo, e por isso mantinha relações de dependência ao centro do sistema econômico, o que impossibilitava um isolamento completo ao universo cultural das metrópoles. No fundo, o que ligava o Brasil à Europa, e vice-versa, era o lucro. No velho mundo, a servidão estava extinta, mas sob o aparato ideológico do moderno Estado de direito e das economias liberais, o proletariado branco era submetido a mais vil exploração, para a obtenção da mais-valia pelos industriais, algo que também era repudiado pelos latifundiários brasileiros.

No Brasil, portanto, apesar das contradições evidentes, a sociedade absorvia a atmosfera cultural europeia e as reproduzia. Segundo Schwarz, a chave para entender esta absorção estava numa classe intermediária aparentemente residual. Em suas palavras:

“Para descrevê-la é preciso retomar o país como todo. Esquematizando, pode-se dizer que a colonização produziu, com base no monopólio da terra, três classes de população: o latifundiário, o escravo e o “homem livre”, na verdade dependente. Entre os primeiros dois a relação é clara, é a multidão dos terceiros que nos interessa. Nem proprietários nem proletários, seu acesso à vida social e a seus bens depende materialmente do favor, indireto ou direto, de um grande. O agregado é a sua caricatura. O favor é, portanto, o mecanismo através do qual se reproduz uma das grandes classes da sociedade, envolvendo também outra, a dos que não têm. Nota-se ainda que entre estas duas classes é que irá acontecer a vida ideológica, regida, em consequência por este mesmo mecanismo” (SCHWARZ, 2000a, p. 16).

É num contexto de modernização conservadora que o favor penetrará em todos os setores da sociedade, até mesmo determinando aquelas instituições que deveriam ser pautadas pela isenção e racionalidade, como a burocracia e a justiça, naquilo se convencionou também chamar de clientelismo. Por detrás dos ideais do mérito e da moral do trabalho vigoravam o compadrio, as relações pessoais, de amizade e parentesco, os conchavos políticos etc., e que de certa forma ainda permeiam as instituições brasileiras até os dias atuais. No Brasil, o moderno está intrinsecamente misturado com o arcaico; mas não só isso: justamente as concepções modernas é que legitimam seu fundamento arcaico.

“Adotadas as ideias e razões europeias, elas podiam servir e muitas vezes serviram de justificação, nominalmente “objetiva”, para o momento de arbítrio que é da natureza do favor. Sem prejuízo de existir, o antagonismo se desfaz em fumaça e os incompatíveis saem de mãos dadas. Esta recomposição é capital” (Idem, p. 18).

Evidentemente, a literatura brasileira vai refletir a realidade social do país e, tal como ocorreu com os ideais liberais burgueses, importar modelos literários europeus, muito embora toda a trama narrativa continue a girar em torno do favor. Machado de Assis será mestre em denunciar, sem alarde e muito sutilmente, através da ironia, este descompasso, com narrativas que em si mesmas desmancham o verniz racional forasteiro e que trazem à tona, das recônditas profundezas do cotidiano provinciano, todas as relações sociais movidas pela lógica do favor.

Schopenhauer versus Quincas Borba

Como se sabe, Machado de Assis era leitor, dentre muitos outros filósofos, de Arthur Schopenhauer. O filósofo pessimista é inclusive citado por Machado de Assis numa crônica intitulada “O autor de si mesmo: Numa crônica de jornal, a tese schopenhaueriana da metafísica do amor é ilustrada por um caso policial”, que fora publicada no periódico “Gazeta de Notícias” no ano de 1895. Nesta crônica, o próprio Schopenhauer aparece, hipoteticamente, em pessoa na cidade de Porto Alegre! Segundo Rosa Maria Dias:

“Tal como Schopenhauer, Machado pôs em cena o grande drama da existência humana. Sistematizou no ‘Autor de si mesmo’ sua visão pessimista da vida. Os seres humanos estão condenados à infelicidade, não só porque são títeres de uma força inconsciente e instintiva, mas porque a estrutura inata do afeto impede de maneira inerente a aquisição da felicidade” (DIAS, 2005, p 392).

A filosofia schopenhaueriana nasce da crítica devastadora de Schopenhauer ao seu mestre Immanuel Kant. Em Kant, é bem conhecida a cisão entre coisa-em-si, metafísica não acessível ao conhecimento, e fenômeno, objeto constituído pelo sujeito a partir da experiência e das condições subjetivas do conhecimento. Da filosofia de Kant, Schopenhauer, ao contrário de seus contemporâneos, preservou a coisa-em-si, identificando-a como vontade, princípio uno, eterno e universal. Quanto aos fenômenos, para Schopenhauer, são apenas representações subjetivas e individuais da vontade no tempo e espaço. Ou seja, o que de fato é real, único e imutável é a vontade; enquanto o fenômeno não é mais que aparência da vontade ou, nos termos do filósofo, seu Véu de Maia (véu das ilusões).

A vontade, que não tem nenhum fim determinado, é perceptível em todas as coisas como querer-viver. O querer-viver submete tudo a uma servidão infinita, que, no entanto, aparece como ilusória vontade individual. Todas as coisas na natureza estão em uma luta voraz e perpétua para subsistir e suprir necessidades relativas à existência. Luta-se numa guerra de todos contra todos, por riqueza e honra, comida, paz, em suma, por felicidade. Mas a felicidade é também ilusão, pois um desejo sempre ou traz sofrimento, caso não seja realizado, ou saciedade e tédio, quando alcança seu fim. No fim das contas, todos os caminhos conduzem ao sofrimento, que se intensifica ainda mais com a consciência. Vivemos e sofremos sem saber por quê, e, no entanto, continuamos a querer, a desejar e, consequentemente, sofrer, tal qual uma roda a girar eternamente.

Feitas estas breves considerações sobre a filosofia de Schopenhauer, tracemos algumas comparações entre o Humanitismo de Quincas Borba e alguns fragmentos de “O mundo como vontade e representação”, obra capital de Schopenhauer, à maneira de um diálogo socrático:

QUINCAS BORBA: Bem, irás entendendo aos poucos a minha filosofia; no dia em que a houveres penetrado inteiramente, ah! nesse dia terás o maior prazer da vida, porque não há vinho que embriague como a verdade. Crê-me, o Humanitismo é o remate das coisas; e eu, que o formulei, sou o maior homem do mundo. Olha, vês como o meu bom Quincas Borba está olhando para mim? Não é ele, é Humanitas...

SCHOPENHAUER: Portanto, enquanto reconhecemos neste animal a sua ideia, é totalmente indiferente e sem significado o termos diante de nós agora este animal, ou seus ancestral de um milênio, que o local seja este ou num país distante, que se apresente desta ou daquela maneira, posição ou ação, que finalmente seja este ou aquele indivíduo de sua espécie: isto tudo não existe e refere-se somente ao fenômeno: unicamente a ideia do animal possui verdadeira e é objeto de conhecimento real. (p. 24).

QUINCAS BORBA: Humanitas é o principio. Há nas coisas todas certa substância recôndita e idêntica, um princípio único, universal, eterno, comum, indivisível e indestrutível, — ou, para usar a linguagem do grande Camões:

Uma verdade que nas coisas anda,
Que mora no visíbil e invisíbil.

Pois essa sustância ou verdade, esse princípio indestrutível é que é Humanitas. Assim lhe chamo, porque resume o universo, e o universo é o homem. Vais entendendo?

SCHOPENHAUER: Ele recolhe portanto a natureza em si mesmo, a senti-la somente como um acidente de seu próprio ser. Neste sentido Byron diz:

Are not the mountains, waves and skies, a part
Of me and of my soul, as I of them?[1]

Mas como poderia quem isto sentisse considerar-se a si mesmo, em contraste com a imperecível natureza, como absolutamente perecível? (p. 32)

A vontade é o em-si da ideia, esta objetivando perfeitamente aquela; ela também é o em-si da coisa individual e do indivíduo que conhece esta; estes objetivando imperfeitamente aquela. Como vontade, fora da representação e de todas as suas formas, ela é uma e a mesma, no objeto contemplado, e no indivíduo que, elevando-se por esta contemplação, se torna consciente de si como puro sujeito, estes dois por isto são em si diferenciáveis, pois em si são a vontade que se conheci a si mesma, e é somente do modo pelo qual este conhecimento se lhe constitui, i.e., somente no fenômeno, graças à sua forma, o princípio da razão, multiplicidade e diversidade. Tampouco eu, sem objeto, sem representação, sou sujeito que conhece, mas tão somente simples vontade cega; tampouco sem mim, como sujeito do conhecimento, a coisa conhecida é objeto, mas tão somente simples vontade, ímpeto cego. Esta vontade é em si, i.e., fora da representação, idêntica a minha própria; somente no mundo como representação, cuja forma é sempre pelo sujeito e objeto, nos separamos como individuo conhecido e conhecedor. Suprindo o conhecedor, o mundo como representação, nada resta além de simples vontade, ímpeto cego. (p.32).

QUINCAS BORBA: Não há morte. O encontro de ditas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é a condição da sobrevivência da outra, e a destruição não atinge o princípio universal e comum.

SCHOPENHAUER: Unicamente a vontade é: ela, a coisa-em-si, ela, a fonte daqueles fenômenos. (p. 33).

QUINCAS BORBA: Não há exterminado. Desaparece o fenômeno; a substância é a mesma. Nunca viste ferver água? Hás de lembrar-te que as bolhas fazem-se e desfazem-se de contínuo, e tudo fica na mesma água. Os indivíduos são essas bolhas transitórias.

SCHOPENHAUER: Nas variadas formações da vida humana e na incessante transformação dos acontecimentos, ele considerará o durável e essencial somente a ideia, em que o querer-viver possui sua mais perfeita objetividade, e mostra suas diversas faces nas propriedades, paixões, enganos e preferência da espécie humana, no egoísmo, ódio, amor, temor, audácia, leviandade, estupidez, esperteza, humor, gênio etc., que, se reunindo e combinando em configurações mil (indivíduos), apresentam continuadamente a grande e a pequena comédia da história do mundo, sendo indiferente se seu móvel é constituído por nozes ou coroas. (p. 34).

QUINCAS BORBA: Bolha não tem opinião. Aparentemente, há nada mais contristador que uma dessas terríveis pestes que devastam um ponto do globo? E, todavia, esse suposto mal é um benefício, não só porque elimina os organismos fracos, incapazes de resistência, como porque dá lugar à observação, à descoberta da droga curativa. A higiene é filha de podridões seculares; devemo-la a milhões de corrompidos e infectos. Nada se perde, tudo é ganho. Repito. as bolhas ficam na água. Vês este livro? É Dom Quixote. Se eu destruir o meu exemplar, não elimino a obra, que continua eterna nos exemplares subsistentes e nas edições posteriores. Eterna e bela, belamente eterna, como este mundo divino e supradivino.

SCHOPENHAUER: Todo querer se origina da necessidade, portanto, da carência, do sofrimento. A satisfação lhe põe um termo, ma para cada desejo satisfeito, dez permanecem irrealizados. Além disso, o desejo é duradouro, as exigências se prolongam ao infinito; a satisfação é curta e de medida escassa. (p. 46)

Contrariamente, por outro lado, todo fenômeno de uma ideia, já que como tal é assumida na forma do princípio da razão, ou do principium individuationis, deve-se apresentar na matéria como qualidade da mesma. Nesta medida, portanto, a matéria é o elo entre a ideia e o principium individuationis, que é forma do conhecimento do indivíduo, ou o princípio de razão. (p. 63)

A designação de diálogo socrático não é por acaso, muito embora a semelhança entre as duas concepções filosóficas sugerisse uma afinidade de princípios. Na verdade, ainda que unidas pela solidariedade de suas teses, Machado de Assis subverte a filosofia da vontade não para provar o contrário, mas para aprofundar sua visão pessimista, numa tensão que só pode ser resolvida pela ironia.

“No delírio de Brás Cubas e na teoria do Humanitismo, fica evidente a visão do processo histórico que norteia a narrativa machadiana: a existência humana presa no imutável fogo do desejo, caos de aflição, dissimuladas atrás de motivos falsamente nobres, mas que nada mais são do que vontade cega, egoísta. No entanto, ao incorporar o pessimismo de Schopenhauer, Machado de Assis se apropria dos conteúdos filosóficos e os retrabalha no interior do universo ficcional: como observou Benedito Nunes [“Machado de Assis e a filosofia”], ri da filosofia, a recondiciona e a submete a um tratamento crivado pelo humor” (FIGUEIREDO, 2008, p. 87).

CONCLUSÃO

Como se pode perceber, há um tom jocoso no Humanitismo de Quincas Borba que não é senão uma paródia da filosofia de Schopenhauer. Para definir o conceito de Humanitas, a “vontade” do Humanitismo, Quincas Borba simplesmente estabelece o princípio de que “Humanitas tem fome e Humanitas (e isto importa, antes de tudo) Humanitas precisa comer” e lá se vai toda metafísica schopenhauriana por água abaixo. Aliás, tal princípio é diretamente extraído do olhar do cão Quincas Borba que é a verdadeira fonte da filosofia propugnada pelo seu dono de mesmo nome. Em seguida, Machado de Assis escreve, nas palavras de Quincas Borba a Rubião, que “Humanitas é o princípio. Mas não, não digo nada, tu não és capaz de entender isto, meu caro Rubião; falemos de outra coisa”, satirizando, com isso, claramente o esforço dos filósofos em criar complexas e obscuras teorias para, no fundo, não dizerem mais do que obviedades ou apenas absurdos. No Humanitismo, de Quincas Borba, a filosofia desce das nuvens dos seus áureos conceitos para as situações mais baixas, estapafúrdias, trágicas ou mesmo ridículas do cotidiano. Para Machado de Assis, a vida é tão sem sentido, tão absurda em si mesma, que não cabe o discurso sério da filosofia para tocar o seu âmago (se é que isto importa), mas o humor corrosivo que não se quer mostrar como humor apesar de estar presente o tempo todo. Neste cenário desolador, Machado de Assis só pode zombar dos filósofos. “Crê-me, o Humanitismo é o remate das coisas; e eu, que o formulei, sou o maior homem do mundo”, poderia ter dito Schopenhauer quando de sua visita imaginária a Porto Alegre. Na verdade, Machado de Assis faz uma piada à qual nem ele próprio pode escapar.

“Não creias nos professores de filosofia, nem na peste de Hegel...”

BIBLIOGRAFIA

DIAS, Rosa Maria. “O autor de si mesmo: Machado de Assis leitor de Schopenhauer”. In: Revista Kriterion. Belo Horizonte: Departamento de Filosofia da UFMG, nº 112, 2005.

FIGUEIREDO, Vera Lúcia Follain. “A morte em Memórias póstumas de Brás Cubas” in: Crônicas da antiga corte: Literatura e memória em Machado de Assis (Org.: Marli Fantini), Belo Horizonte, Editora UFMG, 2008.

SCHOPENHAUER, Arthur. “O mundo como vontade e representação”, in: Os Pensadores, São Paulo: Nova Cultura, 1999.

SCHWARZ, Roberto. “Ao vencedor as batatas”, São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2000a (5ª. edição).

SCHWARZ, Roberto. “Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de Assis”, São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2000b (4ª. edição).




[1] Não são as montanhas, ondas e nuvens, como uma parte/De mim e de minha alma, como eu para eles?

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