segunda-feira, 15 de junho de 2020

The Diamonds - Pioneiros do Rock'n'Roll

The Diamonds foi um quarteto canadense de doo-wop, um gênero de rhythm and blues, que alcançou fama interpretando versões de canções de artistas negros dos anos 50 e grande sucesso entre 1956 e 1961.


Em 1953, Phil Levitt e seu amigo Stan Fisher foram passar as férias num balneário perto de Toronto. Naquele mesmo ano, ambos ingressaram na Universidade de Toronto. Certo dia, Phil caminhava pelo campus quando parou bem na frente do ponto de visão de um telescópio de um estudante que realizava uma atividade de agrimensura. O rapaz, chamado Tedd Kowalski, gritou: "sai da frente!" Em tom de brincadeira, Phil respondeu que Tedd parecia um tenor. Este retrucou, “e sou mesmo!” Phil então o convidou para que formassem um trio com Stan. Pouco tempo depois, Ted se lembrou de um amigo que cantava com extensão vocal tipo baixo e, assim, o trio virou quarteto. O nome desse amigo era Bill Reed.

No início, cantavam vários estilos e se apresentavam em clubes, formaturas, igrejas ou em qualquer lugar que houvesse um público interessado em boa música. Um dia, Bill Reed ouviu dizer que um grupo de cantores, chamado The Revelaires, de Detroit, estava se apresentando em um pequeno hotel da cidade e os amigos foram assistir o show. O repertório dos Revelaires incluía spirituals - música inspirada nas canções dos escravos norte-americanos - e gospel. O quarteto canadense ficou absolutamente impressionado com os cantores e, depois do set, se apresentaram ao grupo de Detroit implorando para que os cantores ensinassem algumas de suas músicas. The Revelaires acabaram adotando os garotos e ensinaram técnicas de suas músicas para eles, tornando-se, então, a principal influência para os Diamonds.

Em 1955, The Diamonds chamaram a atenção da gravadora Coral Records que lançou um compacto do quarteto que não chegou a vender o suficiente para renovar o contrato. Porém, depois de algumas audições para caça-talentos da indústria fonográfica entoando o gênero musical spirituals, o grupo conquistou a Mercury Records, que decidiu escalá-los para tocar rock’n’roll.

Após o sucesso de algumas gravações, The Diamonds se tornaram razoavelmente conhecidos e saíram em turnê pelo Canadá e os EUA. No entanto, esse sucesso, embora satisfatório e bastante substancial, era bastante limitado, o que trazia, por um lado, certa frustração para o quarteto e, por outro, uma gana para alcançar o estrelato.

Em 1956, eles resolveram gravar uma demo de uma balada com sabor havaiano chamada “Faithful and True”. A Mercury concordou desde que o lado B do disco o grupo gravasse um cover de uma música chamada “Little Darlin’”, do grupo The Gladiolas. No entanto, os rapazes concentraram todos os seus esforços trabalhando em “Faithful and True”, para só depois criar uma versão para “Little Darlin’”, com um marcante solo de baixo falado.

Os cantores estavam realmente muito empolgados com a música “Faithful and True”, pois tinham certeza de que este seria o hit que marcaria a história da banda. Durante o lançamento, eles ficaram atentos nas paradas de sucesso esperando aquilo que lhes parecia certo e inevitável, mas ficaram surpresos quando “Little Darlin’” foi subindo rapidamente no ranking das músicas mais tocadas, enquanto “Faithful and True” não saía do lugar. “É só uma questão de tempo”, diziam para si mesmos, confiantes. Mas “Little Darlin’”, é claro, acabou se tornando o grande clássico do grupo, alcançando a segunda posição nas paradas de sucesso. Só não alcançou a primeira porque Elvis Presley emplacou "All Shook Up". E ficar atrás de Elvis pode ser muito mais honroso do que alcançar o topo num curto verão, não é mesmo?

Na época, a canção “Little Darlin’” ganhou o “Disco de Ouro” mas garantiu aos Diamonds um lugar na galeria eterna do rock'n’roll – Coisas da vida!

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