O animismo indica a tendência de certos povos para atribuir uma alma não só ao ser humano mas também a todos os animais e todas as coisas.
Este
termo foi erroneamente chamado por certos estudiosos de feiticismo ou
fetichismo (culto aos feitiços ou Ídolos); totemismo (culto ao totem, animal ou
planta, que protegem em especial uma tribo ou uma família); politeísmo;
paganismo; magia. Todas estas denominações são inexatas. Hoje são todas
resumidas na palavra animismo, isto é, crença na existência de um espírito e
material irreversível em todos os seres.
Contrariamente
ao que se pensava, os povos animistas não são idólatras, porque não adoram um
feitiço, um ídolo ou um totem, mas creem na existência de um único Grande
Espírito eterno, onipotente, juiz, legislador e pai, que está na origem de tudo.
Este
ser Supremo é tão grande que ninguém pode entrar em contato com ele. Por
consequência, são necessários intermediários que algumas vezes são
representados por estátuas de madeira ou de barro.
Essas
estátuas erradamente chamadas feitiços não são divindades mas simplesmente instrumentos
que permitem ao ser humano se dirigir a Deus, como fazem, por exemplo, os
católicos com as imagens do santos. Deus surge distante das pessoas e algumas
vezes parece não se interessar por elas.
Por
isso o ser humano se dirige aos espíritos ou às várias forças maléficas ou
benéficas que podem causar doenças ou fazer benefícios, sendo honrados ou
esquecidos.
Para
vencer estas forças invisíveis, os animistas recorrem à magia e se dirigem aos
feiticeiros, entendidos como médicos e profetas capazes de aplacar os espíritos
através de ritos mágicos, dança, gestos, infusões vegetais etc.
Os
animistas acreditam na Providência de Deus, a qual em todas as circunstâncias
da vida é sempre detentor da última palavra. Foi esta fé que permitiu a muitos
povos da África e do mundo subexistirem, apesar de tantas adversidades.
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