sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Grande Sertão: Veredas – A Epopeia de João Guimarães Rosa entre o Mito, o Sagrado e o Profano

A ilustração propõe uma leitura simbólica e poética de Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, transformando o sertão em um espaço metafísico onde o real e o imaginário se entrelaçam.  No centro da cena, a vereda luminosa que corta a paisagem funciona como eixo narrativo e espiritual: é o caminho da travessia, da dúvida e da busca interior. Ela conduz o olhar para uma figura solitária ao fundo, sugerindo a jornada existencial que atravessa todo o romance. À frente, a fogueira ilumina dois personagens, remetendo à oralidade, à memória e ao ato de narrar — elementos fundamentais da obra rosiana.  À esquerda, surgem símbolos da fé e da devoção, como a pequena igreja, a figura espectral religiosa e as velas espalhadas pelo espaço, evocando a religiosidade popular do sertão e a permanente interrogação sobre Deus, o bem e o destino. À direita, em contraste, aparecem figuras demoníacas envoltas em tons avermelhados e em fumaça, representando o mal, a tentação e o pacto, temas centrais do livro. O embate entre essas duas forças não é direto, mas coexistente, sugerindo que bem e mal habitam o mesmo território — externo e interior.  No céu, constelações, olhos e rostos entrelaçados formam uma presença cósmica e inquietante, indicando que o sertão não é apenas geográfico, mas também mental, moral e linguístico. Ele é vasto, enigmático e infinito, como as perguntas que o romance levanta. A moldura ornamental e o título reforçam o caráter mítico da cena, aproximando o sertão de um universo quase medieval ou alquímico.  Assim, a ilustração traduz visualmente a essência de Grande Sertão: Veredas: um mundo de travessias, onde o homem caminha entre fé e dúvida, coragem e medo, amor e violência, tentando compreender se o diabo existe — ou se ele nasce dentro do próprio homem.

Publicado em 1956, Grande Sertão: Veredas de João Guimarães Rosa é mais do que um romance; é um universo em si. Uma obra-prima da literatura brasileira, este livro desafia classificações fáceis, mergulhando o leitor em uma jornada existencial, linguística e espiritual através do sertão mineiro. O que fascina e, por vezes, intriga, é a teia complexa de elementos que compõem sua narrativa: o mito, o sagrado e o profano, que se entrelaçam na vida e nos pensamentos do jagunço Riobaldo.

Neste artigo, exploraremos as profundezas de Grande Sertão: Veredas, analisando como Rosa tece esses três pilares para construir uma obra atemporal que questiona a natureza do bem e do mal, da fé e da dúvida, e da própria existência humana.

Resumo da Trama: O Sertão Contado por Riobaldo

A história de Grande Sertão: Veredas é narrada em primeira pessoa por Riobaldo, um ex-jagunço que, em sua velhice, tenta organizar suas memórias e reflexões. Ele se dirige a um interlocutor silencioso, um "senhor doutor", a quem confessa seus dilemas, suas experiências e, principalmente, sua grande dúvida: "o diabo existe ou não existe?".

A narrativa não-linear acompanha a vida de Riobaldo desde sua juventude, passando por sua entrada para o bando de jagunços, suas batalhas, suas amizades e inimizades. Central para a trama é a relação de Riobaldo com Diadorim, um companheiro jagunço por quem nutre um amor profundo, mas que ele acredita ser proibido pela homossexualidade e pelo código de honra do sertão.

A luta contra Hermógenes, um jagunço traiçoeiro, e a possível pactuação de Riobaldo com o diabo para obter vitória, formam o cerne do conflito exterior e interior da obra. No final, a grande revelação sobre Diadorim (que era uma mulher disfarçada) lança uma nova luz sobre toda a jornada de Riobaldo, validando seus sentimentos e suas angústias.

O Sertão de Rosa: Entre o Real e o Transcendental

Guimarães Rosa não descreve o sertão; ele o cria em palavras. Este sertão não é apenas um espaço geográfico, mas um palco onde o humano se confronta com o divino, o irracional e o indizível.

O Mito: Narrativas Fundadoras e a Criação do Mundo Sertanejo

Em Grande Sertão: Veredas, o mito não é algo do passado distante, mas uma força viva que molda a realidade. As histórias de Riobaldo, por vezes, assumem contornos de lendas, de relatos que adquirem uma verdade própria, independentemente da veracidade factual.

  • A Figura do Diabo: A presença ou ausência do diabo é o grande mito fundante que permeia toda a obra. Riobaldo vive sob a constante dúvida de ter feito um pacto com o mal, e essa dúvida o obriga a reavaliar suas ações e a natureza do bem.

  • Heróis e Anti-Heróis: Os jagunços, com seus códigos de honra e vingança, assemelham-se a heróis míticos, suas batalhas ecoando as epopeias clássicas. No entanto, são heróis com falhas, humanos demais, oscilando entre a glória e a miséria.

  • O Sertão como Labirinto: O próprio sertão é um lugar mítico, um labirinto onde se perde a razão e se encontra a alma. As veredas, as serras e os rios são mais do que paisagens; são portais para o desconhecido, para o "além" que desafia a compreensão lógica.

O Sagrado: Crendices, Rezas e a Espiritualidade Sincrética

A espiritualidade permeia cada fresta da vida sertaneja em Grande Sertão: Veredas. É um sagrado complexo, sincrético, onde o catolicismo popular se mistura a crenças ancestrais e superstições.

  • Pactos e Rezas: Riobaldo, assim como os outros jagunços, recorre a rezas, benzeduras e até a rituais para se proteger ou para buscar auxílio em momentos de desespero. A fé é uma ferramenta de sobrevivência, um escudo contra as incertezas e a violência.

  • A Visão da Morte: A morte no sertão é vista como um rito de passagem, muitas vezes violento, mas sempre carregada de significado espiritual. Os mortos não desaparecem; eles se tornam parte da paisagem, da memória e, por vezes, das "visagens".

  • Moralidade Relativa: O sagrado em Rosa não é dogmático. Ele coexiste com a violência, com a paixão e com os atos mais reprováveis, forçando o leitor a questionar onde reside a verdadeira santidade e se ela pode ser encontrada até mesmo nos corações mais rudes.

O Profano: Violência, Paixão e a Condição Humana

Contrastando com o sagrado, ou talvez como sua sombra inseparável, o profano em Grande Sertão: Veredas manifesta-se na crueza da vida jagunça.

  • A Violência Bruta: As batalhas, as emboscadas, os assassinatos – a violência é uma constante no sertão. Ela não é romantizada, mas apresentada em sua brutalidade e suas consequências, muitas vezes dilacerando a moral dos personagens.

  • Amor e Desejo Proibido: A paixão de Riobaldo por Diadorim, uma paixão que ele acredita ser "errada" por conta do gênero aparente de seu amado, é a expressão máxima do profano em conflito com o que ele percebe como sagrado. É um desejo que o consome e o impulsiona.

  • A Ambiguidade Moral: Os personagens não são heróis ou vilões puros. Zé Bebelo é justo, mas implacável; Hermógenes é traiçoeiro, mas poderoso. A profanidade reside na capacidade humana de ser cruel, mas também de amar profundamente, de pecar e de buscar a redenção.

O Estilo de Guimarães Rosa: A Linguagem como Sertão

A linguagem em Grande Sertão: Veredas é um capítulo à parte. Guimarães Rosa subverte as normas gramaticais, cria neologismos, incorpora regionalismos e provérbios, e joga com a sonoridade das palavras para construir um texto que é, em si, um espelho do sertão. A oralidade da fala de Riobaldo é transportada para a escrita, tornando a leitura uma experiência imersiva e, por vezes, desafiadora. A forma é intrinsecamente ligada ao conteúdo; a complexidade da linguagem reflete a complexidade da vida de Riobaldo e da própria existência.

FAQ: Perguntas Frequentes sobre Grande Sertão: Veredas

Qual é a principal mensagem de Grande Sertão: Veredas?

A principal mensagem é a da busca incessante por sentido e por respostas existenciais. O livro explora a dualidade entre o bem e o mal, a fé e a dúvida, e a complexidade da natureza humana, sugerindo que a vida é um constante questionamento.

Quem é Diadorim?

Diadorim é o grande amor de Riobaldo, um companheiro jagunço. No final do livro, é revelado que Diadorim era, na verdade, uma mulher disfarçada, o que redefine a paixão de Riobaldo e adiciona uma camada de tragédia e destino à sua história.

O diabo existe no livro?

Essa é a grande pergunta que Riobaldo se faz e que permeia toda a obra. Guimarães Rosa nunca dá uma resposta direta. O "diabo" pode ser interpretado como a própria manifestação do mal, as escolhas erradas, a loucura ou até mesmo uma força que reside dentro de cada ser humano. É a dúvida sobre sua existência que move a trama.

Por que a linguagem de Guimarães Rosa é tão complexa?

A linguagem complexa reflete a profundidade filosófica da obra e a oralidade do sertão. Rosa busca recriar a forma de pensar e falar dos jagunços, utilizando neologismos, inversões sintáticas e regionalismos para expressar ideias que a linguagem padrão não conseguiria, tornando o texto uma experiência sensorial e intelectual única.

Conclusão: A Imortalidade de Grande Sertão: Veredas

Grande Sertão: Veredas não é uma leitura fácil, mas é uma experiência transformadora. Ao percorrer as veredas da alma de Riobaldo, somos forçados a confrontar nossos próprios mitos, a questionar nosso sagrado e a reconhecer a profanidade que nos cerca e nos habita. A genialidade de Guimarães Rosa reside em nos fazer ver o sertão não como um lugar distante, mas como um reflexo de nossa própria jornada interior.

É uma obra que exige releitura, que se revela em camadas, e que permanece relevante por sua capacidade de investigar as questões mais fundamentais da condição humana. A obra de João Guimarães Rosa é um tesouro literário que continua a fascinar e a provocar, provando que as grandes verdades muitas vezes se escondem nos detalhes do "não-dito" e na sabedoria dos mais simples.

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A partir de HOJE, entre os dias 19 de dezembro (sexta-feira) e 23 de dezembro (terça-feira) de 2025, a Livraria Online Ariadne vai liberar nove eBooks inéditos completamente GRATUITOS para download na Amazon. Para saber quais títulos disponíveis, AQUI.

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As Travessuras das Cinco Estrelinhas de Andrômeda, de Nilza Monti Pires

A imagem mostra a capa de um livro infantil intitulada “As Travessuras das Cinco Estrelinhas de Andrômeda”, escrita por Nilza Monti Pires, cujo nome aparece no topo da capa em letras grandes e azuis.  A ilustração apresenta um céu azul vibrante, com nuances que lembram pinceladas suaves, e espirais claras que remetem a galáxias. Há também pequenas estrelinhas amarelas espalhadas pelo céu, sugerindo um cenário cósmico alegre e fantasioso.  No centro da imagem, sobre uma colina verde arredondada, aparecem cinco estrelas coloridas com expressões humanas, cada uma com personalidade própria:  Uma estrela azul com expressão feliz e bochechas rosadas.  Uma estrela vermelha com expressão triste.  Uma estrela amarela sorridente, com duas pequenas argolas no topo, lembrando “marias-chiquinhas”.  Uma estrela verde usando óculos e com ar simpático.  Uma estrela cinza com um sorriso discreto.  Todas estão alinhadas lado a lado, transmitindo sensação de amizade e diversidade emocional.  Na parte inferior da capa, em letras brancas e grandes, está o título do livro distribuído em três linhas: AS TRAVESSURAS / DAS CINCO ESTRELINHAS / DE ANDRÔMEDA.  O fundo bege claro emoldura toda a ilustração, dando destaque ao colorido central.

Kronstadt e A Terceira Revolução, de Jean Monti Pires

A imagem é a capa de um livro com design inspirado em cartazes revolucionários do início do século XX. No topo, em letras vermelhas, aparece o nome do autor: Jean Monti Pires.  A ilustração central, em tons de vermelho, sépia e preto, mostra um grupo de marinheiros e revolucionários avançando de forma determinada. O personagem principal, um marinheiro de expressão séria, está à frente segurando um rifle. Atrás dele, outros marinheiros marcham, e à esquerda há um homem de punho erguido em gesto de protesto. À direita, vê-se uma paisagem industrial com fábricas e chaminés, reforçando o ambiente de luta social e política.  Uma mulher ao fundo ergue uma grande bandeira vermelha com inscrições em russo: “Советы свободные”, que significa “Sovietes Livres”. A bandeira tremula ao vento, simbolizando mobilização revolucionária e resistência.  A parte inferior da capa apresenta um retângulo vermelho com um título estilizado usando caracteres que imitam o alfabeto cirílico. Abaixo, em português, lê-se o subtítulo:  “A luta dos marinheiros contra a hegemonia do Ocidente”  O fundo bege claro enquadra toda a composição, destacando o estilo gráfico forte e dramático da cena.

Entre a Cruz e a Espada, de Jean Monti Pires

A imagem é a capa de um livro com estética clássica, evocando pinturas do século XIX. No topo, em letras brancas e elegantes, aparece o nome do autor: Jean Monti Pires.  A cena central mostra um homem idoso, de barba longa e grisalha, vestindo roupas escuras tradicionais e segurando um cordão de contas nas mãos. Ele está em pé, no centro de um tribunal, com expressão grave e abatida, sugerindo tensão, julgamento ou reflexão profunda. Sua postura transmite dignidade misturada a sofrimento.  Ao redor, aparecem magistrados, juízes e espectadores, todos trajando roupas antigas, compatíveis com os tribunais europeus dos séculos XVII a XIX. As figuras observam atentamente, algumas com semblantes sérios, outras parecendo julgadoras. O ambiente é composto por painéis de madeira, palanques elevados e arquitetura típica de salas de julgamento históricas.  No centro superior da imagem, atrás do personagem principal, estão juízes sentados em cadeiras altas, reforçando a atmosfera de formalidade e severidade. Nas laterais, homens e mulheres compõem o público, vestidos à moda antiga, todos testemunhando o momento tenso retratado.  Na parte inferior da capa, sobre uma faixa preta, o título aparece em letras grandes e vermelhas:  ENTRE A CRUZ E A ESPADA. O conjunto visual sugere um tema histórico e dramático, envolvendo julgamentos, tensões religiosas, perseguições e conflitos ideológicos, alinhado ao título e ao foco da obra.

Ética Neopentecostal, Espírito Maquiavélico, de Jean Monti Pires

A imagem é a capa de um livro com estética inspirada em cartazes ilustrados de meados do século XX. O fundo possui um tom bege envelhecido, reforçando o visual retrô. No topo, em letras elegantes e escuras, está o nome do autor: Jean Monti Pires.  Logo abaixo, em destaque e em caixa alta, aparece o título:  ÉTICA NEOPENTECOSTAL, ESPÍRITO MAQUIAVÉLICO  No centro da composição há uma ilustração de um homem calvo, de expressão sorridente, vestindo paletó escuro. Ele está representado com duas ações simbólicas:  A mão esquerda levantada, como se estivesse em posição de discurso, pregação ou saudação.  A mão direita segurando um grande saco de dinheiro, marcado com o símbolo de cifrão.  À sua frente há um púlpito de madeira com um livro aberto, sugerindo um ambiente de pregação religiosa. Na parte inferior da imagem, várias mãos erguidas aparecem entre sombras, representando uma plateia ou congregação que observa ou interage com o personagem central.  Abaixo da ilustração, em letras grandes, está escrito:  EVANGÉLICOS CRISTÃOS:  E logo abaixo, em branco:  Quando os Fins Justificam os Meios na Busca por Riqueza, Influência e Controle Social  O conjunto transmite um visual satírico e crítico, com forte carga simbólica envolvendo religião, dinheiro e poder, alinhado ao tema da obra.

A Verdade sobre Kronstadt, de Volia Rossii

A imagem é a capa de um livro ou panfleto intitulado "A verdade sobre Kronstadt".  Aqui estão os detalhes da capa:  Título: "A verdade sobre Kronstadt" (em português).  Design: A arte é em um estilo que lembra pôsteres de propaganda ou arte gráfica soviética/revolucionária, predominantemente nas cores vermelho, preto e tons de sépia/creme.  Figura Central: É um marinheiro, provavelmente da Marinha Soviética, em pé e de frente, olhando para o alto. Ele veste o uniforme típico com o colarinho largo e tem uma fita escura (possivelmente preta ou azul marinho) enrolada em seu pescoço. Ele segura o que parece ser um mastro, bandeira enrolada ou um pedaço de pau na mão direita.  Fundo: A cena de fundo é em vermelho e preto, mostrando a silhueta de uma área urbana ou portuária com algumas torres ou edifícios. Há uma peça de artilharia ou canhão na frente do marinheiro, no lado direito inferior.  Autoria e Detalhes: Na parte inferior da imagem, há a indicação de autoria: "Volia Rossii" e "por Fecaloma punk rock".  Subtítulo/Série: A faixa inferior da capa, em vermelho sólido, contém o texto: "Verso, Prosa & Rock'n'Roll".  A imagem faz referência ao Levante de Kronstadt de 1921, que foi uma revolta de marinheiros bolcheviques contra o governo bolchevique em Petrogrado (São Petersburgo).

A Saga de um Andarilho pelas Estrelas, de Jean P. A. G.

🌌 Capa do Livro "A saga de um andarilho pelas estrelas" A capa tem um tema cósmico e solitário, dominado por tons de azul escuro, preto e dourado.  Título: "A saga de um andarilho pelas estrelas" (em destaque na parte inferior, em fonte branca).  Autor: "Jean Pires de Azevedo Gonçalves" (em destaque na parte superior, em fonte branca).  Cena Principal: A imagem mostra uma figura solitária e misteriosa, de costas, que parece ser um andarilho.  Ele veste um longo casaco ou manto escuro com capuz.  A figura está em pé no topo de uma colina ou montanha de aparência rochosa e escura.  Fundo: O céu noturno é o elemento mais proeminente e dramático.  Ele está repleto de nuvens cósmicas e nebulosas nas cores azul, roxo e dourado.  Uma grande galáxia espiral em tons de laranja e amarelo brilhante domina a parte superior do céu.  Um rastro de meteoro ou cometa aparece riscando o céu perto da galáxia.  A composição sugere uma jornada épica, exploração e o mistério do vasto universo.

A Greve dos Planetas, de Jean P. A. G.

Capa do Livro "A saga de um andarilho pelas estrelas" Esta imagem é uma capa de livro de ficção científica ou fantasia com uma atmosfera épica e cósmica.  Título: "A saga de um andarilho pelas estrelas" (em destaque na parte inferior).  Autor: "Jean Pires de Azevedo Gonçalves" (em destaque na parte superior).  Cena Principal: Uma figura solitária (o andarilho), envolta em um casaco ou manto com capuz, está de costas, no topo de uma colina ou montanha escura e rochosa.  Fundo Cósmico: O céu noturno é dramático, preenchido com:  Uma grande galáxia espiral de cor dourada/laranja no centro superior.  Nuvens e nebulosas vibrantes em tons de azul profundo, roxo e dourado.  Um rastro de meteoro ou cometa riscando o céu.

Des-Tino, de Jean P. A. G.

🎭 Descrição da Capa "Des-Tino" Título: "Des-Tino" (em letras brancas grandes, dividido em sílabas por um hífen).  Autor: "Jean Pires de Azevedo Gonçalves" (na parte superior, em letras brancas).  Subtítulos: "Dramaturgia" e "Verso, Prosa & Rock'n'Roll" (na parte inferior).  Cena da Pintura: A imagem central é uma representação de figuras humanas nuas ou parcialmente vestidas em um cenário ao ar livre (floresta/jardim).  Figura da Esquerda (Superior): Uma pessoa vestida com uma túnica vermelha e um capacete (possivelmente representando um deus ou herói da mitologia, como Marte ou Minerva/Atena) está inclinada e conversando com a figura central.  Figura Central: Uma mulher seminu está sentada ou recostada, olhando para a figura com o capacete. Ela gesticula com a mão direita para cima, com uma expressão pensativa ou de surpresa.  Figura da Esquerda (Inferior): Uma figura masculina, possivelmente um sátiro ou poeta (pelas barbas e pose), está reclinada e olhando para as figuras centrais, segurando o que parece ser uma lira ou harpa.  Figura da Direita: Outra figura feminina, nua ou com pouca roupa, está de pé na lateral direita, observando a cena.  Estilo: A arte é uma pintura de estilo clássico, com foco em figuras humanas, composição dramática e luz suave.

Eu Versos Eu, Jean Monti

Descrição da Capa "Eu versos Eu" A capa utiliza um forte esquema de cores em preto e branco para criar um efeito visual de contraste e divisão.  Título Principal: A capa é composta pelas palavras "Eu versos Eu", dispostas em três seções principais.  Autor: O nome "Jean Monti" aparece no topo, em uma faixa preta.  Design Gráfico:  Faixa Superior: Um retângulo branco com a palavra "Eu" em fonte serifada preta grande.  Faixa Central: Um quadrado dividido diagonalmente:  A metade superior esquerda é branca com a palavra "ver" (parte da palavra "versos") em preto.  A metade inferior direita é preta com a palavra "sos" (o restante da palavra "versos") em branco.  Faixa Inferior: Um retângulo branco com a palavra "Eu" novamente, em fonte serifada preta grande.  Subtítulo/Série: Na parte inferior, fora da faixa, aparece o texto "Verso, Prosa & Rock'n'Roll" em preto, sugerindo um tema ou série.  O design simétrico e a divisão em preto e branco reforçam a ideia do título, "Eu versos Eu", sugerindo um conflito, dualidade ou reflexão interna.

(*) Notas sobre a ilustração de "Grande Sertão: Veredas" de João Guimarães Rosa:

A ilustração propõe uma leitura simbólica e poética de Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, transformando o sertão em um espaço metafísico onde o real e o imaginário se entrelaçam.

No centro da cena, a vereda luminosa que corta a paisagem funciona como eixo narrativo e espiritual: é o caminho da travessia, da dúvida e da busca interior. Ela conduz o olhar para uma figura solitária ao fundo, sugerindo a jornada existencial que atravessa todo o romance. À frente, a fogueira ilumina dois personagens, remetendo à oralidade, à memória e ao ato de narrar — elementos fundamentais da obra rosiana.

À esquerda, surgem símbolos da fé e da devoção, como a pequena igreja, a figura espectral religiosa e as velas espalhadas pelo espaço, evocando a religiosidade popular do sertão e a permanente interrogação sobre Deus, o bem e o destino. À direita, em contraste, aparecem figuras demoníacas envoltas em tons avermelhados e em fumaça, representando o mal, a tentação e o pacto, temas centrais do livro. O embate entre essas duas forças não é direto, mas coexistente, sugerindo que bem e mal habitam o mesmo território — externo e interior.

No céu, constelações, olhos e rostos entrelaçados formam uma presença cósmica e inquietante, indicando que o sertão não é apenas geográfico, mas também mental, moral e linguístico. Ele é vasto, enigmático e infinito, como as perguntas que o romance levanta. A moldura ornamental e o título reforçam o caráter mítico da cena, aproximando o sertão de um universo quase medieval ou alquímico.

Assim, a ilustração traduz visualmente a essência de Grande Sertão: Veredas: um mundo de travessias, onde o homem caminha entre fé e dúvida, coragem e medo, amor e violência, tentando compreender se o diabo existe — ou se ele nasce dentro do próprio homem.

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